20 de dezembro de 2008

secret place

Há dias que te espero no meu esconderijo.
Espero a tua companhia, essa presença que me alenta.
Nada nos impede, coisa alguma te protege dessa fuga,
Ousada como a própria definição do que nos une.
Protecção.
Essa que não te existe e que teimas em respeitar.
Somos peões de xadrez. Precisamos de abrigo.
Precisamos de esconderijo, esse que te presenteio.
Sinto-te cá, metade. Aclamo todo o teu ser, dias, meses, anos.
Somos animais, perdidos, sem abrigo.
Perde o medo, esse receio de que te alberguem.
Sou o dono do esconderijo. Pode ser teu, pode ser nosso.
Vamos ser reis, vamos ser naturalmente selvagens no nosso sítio.
Fundiremos os nosso sexos numa unidade e venceremos
No nosso pequeno e secreto esconderijo.