30 de dezembro de 2008

44 segundos

44 segundos.
Sem lugar a respostas,
Sem sequer tempo para quaisquer perguntas.
Ruídos que interferiram nos discursos, como turbinas mirabolantes.
Uma gala de soluços contraídos que molestaram as palavras.
Que mataram algumas delas.
De onde poucas saíram ilesas, isentas do medo do flagrante.
Essas que empenhadas num breve esforço, que misturadas com os passos de infinitos desconhecidos, debitaram uma leve frase…
Uma leve frase de peso elevado.“Sinto a tua falta!”.