8 de dezembro de 2006

velho ladrão


energético vento que me afrontas esta noite
machucas os meus filhos, vai embora dura dor
tomas todos de meu ventre
esquivas-te madraço, esburacado me deixando
pudesses tu perceber o troco elevado
que te entrego pelo amor adoptado
das nascenças que me calham quando o sol mais arrefece
a tua coreografia me obrigas a dançar
inaudível se torna o teu assobio distinto
que fere a minha alma e me rouba o descanso
pois sei que quando à porta bates
nada mais queres senão meus frutos raptar