1 de dezembro de 2006

things we should not know


curioso não me lembro de como aqui vim parar.
que lugar estranho...
tudo tão sombrio, tudo tão horripilante
imagem incipiente ao meu cérebro, esta.
parecem imagens fantasmagóricas de pesadelos
estranhamente sinto-me bem aqui dentro,
sinto calor humano, sinto harmonia!
o cheiro da encenação é-me familiar,
extravagante a paisagem se salienta
neste meio onde sou porte
as necessidades são remotas, excepto a luz
cuja lacuna me angustia.
além deste aperto, não me sinto num calabouço
sinto-me adormecido pela paz, amado, cuidado.
que cordão tão tenro que me nutre,
e que sensação é esta de extensos sabores,
que me alimentam a paixão?
esquisito! de repente sinto um frio anormal,
que me faz sentir engraçado
vem daquela luz
será que me devo a ela dirigir?
e se me fizer algum mal?
bom, pior que estar sem saber onde, não pode ser!
que apertado...
dói tanto...ouço gritos! uma voz fina.
acho que percebo, estou a nascer.
isto era suposto ser lindo, não doloroso.
mas já não é a primeira vez que...
já me recordo, estou a reencarnar!
mas não era suposto lembrar-me...
foi-me dito lá em cima!
será um equívoco?