26 de março de 2006

don't


quem nunca deixou um certo reconhecimento
por um qualquer benefício logrado a outrém,
por esse alguém ter apenas deixado a porta aberta?
por não sair e a fechar com um cadeado
e atirar a chave ao céu
um tamanho emaranhado de raízes que prendem
e dominam os nossos desejos
se algum dia desistires
irei lucrar contigo?
crescer com a memória da tua magia?
o medo chega perto, quando penso no seguinte
serei um homem renascido!?
A pele será certamente a mesma
mas as lembranças, essas, jamais derrotadas
o amor fluirá como um pequeno rio para o mar dos mares
um novo mar
um grande mar
que fará sonhar de novo
mexer com o meu ser
fazer da minha realidade uma fábula
que conta o conto
da minha libertaçã de ti
como as cinzas de um defunto se espalham
na claridade de um dia de lágrimas