29 de setembro de 2008

bela morena


Não sei o teu nome.
Sei nada sobre ti. Deduzo que nunca vá saber.
Pela janela te vi dançar. Não me viste.
Ontem, hoje, vi-te. Amanhã será que voltas?
Danças ao som das cortinas que contigo dançam.
Espero que o vento nunca deixe de as ritmar ao teu passo.
É diferente a cada nota, a cada sopro.
És jazz, és pop, rock, és reggae, és melodia, és formosa, estou apaixonado.
A miscelânea dos rodopios que me fazem desejar o teu espectáculo e me obrigam nos finais de tarde a roubar-te a privacidade.
Anseio a noite pelo dia. Rezo pela morte da angústia de te enxergar pelo menos outra vez.
Quão rápida será a dor de te perder?Se nunca fugires dessa sacada, eu prometo manter-me por este balcão.