16 de junho de 2006

invejam-te até à morte


assombrada pela dor da inveja de seres tão bela
sei que dormes meu amor numa vida mal sonhada
num julgamento sem sentido serás culpada mal amada
mas culpa não tens tu de seres lua única à janela

mataria, duro, sem medo, aqueles que moldam a tua imagem
tomas mil formas, mil cores, mil sabores, a cada olhar
fosse essa a saída para teu sorriso ressuscitar
aos olhos de quem não vê não és mais que personagem

não escolheste ser princesa mas serás até ao mar
quando boiarem tuas cinzas de uma morte indesejada
não por eles, ou por elas, mas por mim que te tributava
serás minha e eu serei teu até ao fim quando acabar

perdido ficarei, rodeado de sombra, então sozinho
energizando a melhor forma de voares ao céu ansiado
assobiarei belos poemas num fim de tarde alaranjado
ensinando passarinhos cantar que encontres o caminho