21 de maio de 2006

ilumina-nos o cantinho


anoitece e por perto não há nada
falta de vida, de cores, de odores
solidão do tudo, maior das dores
como o sono dum rei sob sua espada

onde estão todos que viviam aqui
fugiram apavorados para norte
convencidos de que lá mora a sorte
mas sorte nunca haverá já antes vi

escuridão que tanto cobres as terras
sempre insistes em engolir sonhos
matas os santos, logo pois nascem feras

desampara os céus que possuis com ódio
deste lugar que outrora foi cantado
encaminha de vez o sol ao pódio