15 de março de 2006

um dia não são dias...

a diversidade dos meu dias obriga a escolher um deles ao acaso para vos poder relatar a rotina a minha vida. ouço o chilrear do telemóvel a cantar-me canções sem qualquer gostinho doce logo pelo meio-dia e enervado mando vir comigo mesmo por não ser gato! enquanto degolo tal garganta cantante acendo a luz do candeeiro que ilumina o caminho até à persiana que me veda o mundo, tapo os olhos feridos pela luz e começo-me a despir atirando a roupa para cima da cama enquanto me dirijo ao WC de escova de dentes na boca. depois de os trucidar com tanta esfoliação faço um daqueles sorrisos falsos para perceber se estão bem lavados, tiro então o resto da roupa, descalço os chinelinhos com o amarelinho Bart na frente e salto para o jacuzzi tradicional das pobres casas portuguesas. lava lava, esfrega esfrega e já sem o cheiro terrível do acordar corro para o quarto cheio de vapor a querer fugir do corpo e visto-me rapidamente, perfumo-me, e pego nas tralhas que na noite anterior deixei prontas a viajar. sem grandes pressas vou à cozinha pego um iogurte líquido com sabor a cana-de-açúcar e com os bolsos cheios de futilidades corro para o carro. por norma vejo se tenho algum pneu furado ou se fui assaltado mais uma vez e de seguida ponho no radio o cd certo para o humor da tarde dirigindo-me à escola onde almoço uma sandocha e um cafézinho daqueles ransosos das vending machines para me acordar do pesadelo de que já estou realmente acordado. peço a chave à segurança e vou pra um laboratório trabalhar. deixo passar a tarde na esperança de que desmaie e acorde no sofá a ver um filme qualquer, até que cheguem as 17h pra começar as aulinhas. observo as expressões dos docentes enquanto imagino o que estarão a fazer os meus amigos que não têm aulas à noite e às 20h dou graças pelos 40 minutinhos relaxados do jantar, que me ajuda sempre a por as ideias nos eixos. aulas e mais aulas até às 23:30h que me saúdam com um repentino "corre que ainda os apanhas". combinamos um copo na baixa, um bilhar, talvez, para esquecer os problemas, um telefonema pra saber novidades da mais que tudo e um olá ao velho pijama que conhece todos os meus segredos...matando o dia com o umas leituras breves num qualquer livro que me acompanhe!

[acorrentado pela Voz]