15 de setembro de 2005

shining tears

lágrima lágrima
por onde andas tu
umas vezes única, outras consorte às tuas
convives comigo desde que me lembro de quem sou
corres por razões que só tu conheces
os pretextos que usas pra salgares os lábios são vastos
estás nos momentos de aflição
momentos de alívio
momentos de loucura
de felicidade e de ternura
são imensos os teus aclamadores
feridas que só tu curas
momentos que só tu lembras
tocar-te com as mãos ternas e suspirar de conforto
ou secar-te como se de ti tivesse medo
medo que provoque uma inundação que me afunde
libertas do interior a fúria
o prazer de penetrar
a sensação de verter sangue
da maneira mais pura e natural possível e inimaginável
és a chave de muitos enigmas que só tu podes minorar
espero que nunca seques
e que fluas com toda a abundância nos marcos da minha vida