3 de setembro de 2008

03.09.2008

Nem a noite negra
Sem as estrelas
Sem a lua
Nada me faz parar
Nem as gotas de chuva que certamente me borratam a escrita
Não escrevo o que vejo
Nem vejo o que escrevo
Sou comido pela escuridão
E por lobisomens da imaginação
Mas não paro de escrever
Sou livre, nada impede
Enquanto me for permitido empunhar a caneta
Serei servo do desejo de escrita
Quer saiam acordes perfeitos
Quer nasçam alinhamentos embaraçados