22 de abril de 2009

somos vértices

Quem és tu que me exploras?
Quem és tu e porque me especulas?
Sou pouco e tu colossal.
És a razão do desafino de uma charanga.
Enquanto somente existo.
És o sol na escuridão enquanto eu
A escuridão ao sol.
O teu tom é doce e subtil.
O meu é violento e só te polui.
Porque não foges desta voz áspera?
Porque tentas mastigar as arestas,
Quando ambos somos vértices de um polígono?
Somos cantos distintos.
Ângulos desconhecidos.
Não podemos ficar juntos.
Nem sequer sei quem és,
E pareces demasiado grande…